Não basta só vender o que você tem
- Thais Roque

- 20 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualmente existem milhares de empresas e pequenos empreendedores no mundo, todos com um objetivo em comum: se manter de forma digna através de seus negócios. Só na cidade onde moro, Panambi, existem 4.780 empresas formais, fora pequenos empreendedores que são MEI. Muitos desses negócios fornecem o mesmo produto ou serviço, o que gera uma grande concorrência. Mas o que difere um do outro? Eu, como designer gráfico, poderia vender uma identidade visual, afinal ela é um dos itens que destaca uma empresa, mas não é tão simples assim, não é só a identidade visual que conquistará novos clientes.
Em um mundo onde somos bombardeados com anúncios e tentativas de vendas, o que, de fato, é o fator decisivo para nossa compra? É um questionamento que me faço diariamente enquanto consumidora e cheguei à conclusão de que o que me instiga e me seduz para realmente comprar não é só o preço, mas sim os detalhes. Quando digo detalhes, me refiro ao processo sensorial daquela compra, se for em loja física é o cheiro do ambiente, a embalagem, a estética do local e os pequenos detalhes que enriquecem aquele produto ou serviço. Parece que quando todos os detalhes casam, como as cores, a decoração, o ambiente, o atendimento, se tornar um cliente daquele local ou pessoa é prazeroso e o processo de compra é menos doloroso.
Mas o que de fato são esses detalhes? A essência. A essência de uma marca é captada através de seus valores e quando materializada traz um resultado incrível para aquele negócio. Um bom designer vai fazer uma imersão com seu cliente, entender a fundo o posicionamento daquela marca e então transformar a essência em algo tátil. Claro, o branding é fundamental, mas é aqui que ele anda de mãos dadas com o design e juntos se tornam uma solução poderosa para destacar qualquer negócio.
Retorno ao título desse texto, não basta só vender o que você tem, o mundo já está cheio de vendedores. É preciso transmitir aquilo que você é através de seu negócio e, então, conquistar pessoas que se identifiquem com ele e que se tornem não só seus clientes, mas sim pessoas que admiram o que você faz ou vende. Mas a conversa sobre construção de comunidades fica para outra oportunidade.




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