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Já pensou que seu trabalho é uma fraude?

Atualizado: 24 de jun. de 2020

Já pensou que seu trabalho é uma fraude?

Respiração ofegante e sensação que o trabalho não está bem feito. Depois vem a sensação de que falta alguma coisa, um detalhe, não se sabe ao certo o que. Talvez se tivesse mais alguma referência, ou quem sabe apagar e fazer tudo de novo, afinal de contas não sou a melhor nisso e meus colegas são melhores do que eu, eles tem mais preceitos para realizar este trabalho. Sou uma fraude o que estou fazendo aqui?


Se você já se viu em alguma situação como esta você pode estar passando pela síndrome de impostora, um processo de defesa que afeta a saúde mental de muitas mulheres empreendedoras.


De forma geral as mulheres se preocupam mais com sua formação profissional do que a maioria dos homens, por isso se destacam mais por sua diversidade e processos multifuncionais. Com a elevação dos níveis de escolaridade, as mulheres aumentaram as suas conquistas, como maior qualificação, facilitando ainda mais sua entrada no mercado de trabalho e a consolidação aos padrões menos prejudiciais para as mulheres.

É uma luta diária em que é preciso lembrar todos os dias em que a arrumação pode ficar para depois, e não tem problema se as unhas não estiverem feitas. Não somos seres com super poderes que conseguem dar conta de tudo, ninguém é. Alguns afazeres ainda são direcionadas internas e externamente, determinadas responsabilidades, e essa também é uma desconstrução a ser feita pelos homens que também podem e devem ocupar lugares de cuidado e sensibilidade, lugares estes que foram sugestionados ao universo feminino e privados dos homens pelo sistema machista. Mas falar da consequência que os homens tem com o machismo não é a pauta principal desde texto.


Muitas mulheres tem a sensação de não serem boas o suficiente e isso leva a um esgotamento físico e mental. Pois o esforço para estar sempre a frente é frequente e outras áreas de sua vida são afetadas em decorrência disto. Muitas não se dão por conta do que está se passando consigo apenas sentem que tem que continuar sempre se esforçando mais e mais e mais.

O Termo Síndrome de impostor foi inventado por Pauline Rose Clance e Suzane Imes em 1978 duas psicólogas que fizeram um estudo onde foi descoberto que esta síndrome (não como quadro clínico) pode vir de encontro a todos algum dia como um mecanismo psicológico de defesa. E durante sua pesquisa foi descoberto que as mulheres tem a maior propensão a se encontrarem sob essa auto defesa onde não se reconhece como causadora de determinado lugar de sucesso profissional ou cargo em algo que almejem.

O termo é de origem americana no qual não tem gênero na tradução, conhecemos o termo Síndrome de impostor no substantivo masculino como outra maioria de termos na nossa língua o que diz muito do quanto vivemos em uma sociedade sexista.

Vocês conseguem ver e compreender o quanto o fardo é mais pesado para ela do que seria para o seu colega. Cargos importantes requerem grandes responsabilidades de todos isto é fato. Mas e os paradigmas que ainda nos rodeia e assombra? E as expectativas que se acredita ter de superar só por ser mulher?


O Perfeccionismo, o sentimento de incapacidade, a auto sabotagem e as comparações estão sempre rodeando quem se percebe com esta síndrome e são verdadeiras barreiras que afetam a saúde mental. Nesta síndrome se acredita ser menos capaz que os demais e não há confiança em seu potencial passando a achar que é uma farsa.

Você mulher que esta no mercado a anos, ou que está apenas começando seja na área alimentícia, de fornecimento de serviços, vida acadêmica, confecção de roupas, artefatos, produtos, conteúdos digitais, empresariais, área da saúde...você se planeja, só você sabe o que ganha e o que fica para traz para conseguir realizar seu trabalho, pressões do lado de fora e muitas vezes do lado de dentro...Você é empreendedora.

Empreender é um verbo transitivo direto que significa: decidir realizar tarefa, tentar, por em execução, realizar. Ninguém mais que você mesma pode reconhecer o que verdadeiramente é: Dona de sua própria história, sua trajetória se construtora de sua própria trajetória a cada dia.


A síndrome de impostora não é um quadro clínico mas sim uma forma distorcida de como você se vê. Deixar para traz esses pensamentos e ações para começar a pegar mais leve consigo mesma e conseguir olhar a realidade sem distorções é um processo. Este processo pode ser feito com um profissional qualificado que possa lhe ouvir e lhe ajudar a sair desta situação. O acompanhamento psicológico é muito eficaz e importante para que a mudança ocorra, pois a origem deste problema além de ser social pode ter a ver com fatos em sua vida que podem ter te trazido até aqui.


É possível um novo olhar sobre si, seu trabalho e as coisas que lhe rodeia, as situações difíceis não definem quem somos, o que nos define é como passamos por elas.



Liana Trindade é Psicóloga, atualmente trabalha com clínica presencial e a distância e também trabalha como empreendedora no ramo dos trabalhos manuais em sua loja Pequena Polegar.


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